5a – Adeus trigo
Adeus trigo ai
adeus trigo
Depois de ceifado adeus
Amanho-te e não mastigo
Nem eu nem eu nem os meus.
Searas cor do sol posto
Meu mar alto de aflição
Encho-o com suor do rosto
Em troca falta-me o pão.
Ai campos como os meus olhos
Rasos de água tanta vez
Foram-se espigas nos molhos
Vem fome pró camponês.
Poesia de
Arquimedes da Silva Santos