4a – A guerra do Mirandum

 

 

 

 

Chama-se em terras de Miranda do Douro, guerra de Mirandum, à guerra do pacto de famíliaem 1762, durante a qual esta cidade foi tomada pelo general espanhol Marquez de Sarria.
Há críticos que supõem que data da guerra da guerra de sucessão, sendo composta depois da batalha de Malplaquet na qual o Duque de Malbrough infligiu a terrível derrota à França. Em francês, pelo emprego arcaico de algumas frases também parece ser romance do tempo das cruzadas; Chateaubriand ouviu cantar esta música aos árabes da Síria. Outros afirmam que também a cantaram os mouros de Granada. Aqui é cantada em mirandês.

 


Mirandum se fui a la guerra
Mirandum, Mirandum, Mirandela
Num sei quando benerá.

Se benerá por la Pásqua
Mirandum, Mirandum, Mirandela
Se por la trenidade.

La trenidade se passa.
Mirandum, Mirandum, Mirandela
Mirandum num bene iá.

Chubira se a hua torre
Mirandum, Mirandum, Mirandela
Para ber se lo abistaba.

Bira benir um passe
Mirandum, Mirandum, Mirandela
Que nobidades trairá.

Las nobidades que tráio
Mirandum, Mirandum, Mirandela
Bos ande fazer chorar.

Tirai las colores de gala
Mirandum, Mirandum, Mirandela
Ponei bestidos de luto.

Que Mirandum iá ié muorto
Mirandum, Mirandum, Mirandela
Jo bien lo bi anterrar.

Antre quatro ouficiales
Mirandum, Mirandum, Mirandela
Que lo iban a lhebar.

luis cilia

Poesia de

anónimo

  

 

 

 

 

Caixa de texto: "O Guerrilheiro"

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Esta faixa foi reeditada no disco "Cancioneiro" mas com melhor qualidade sonora. O excerto sonoro aqui colocado é do disco "Cancioneiro".

Canções neste disco:

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