3b – Lamento de Luís de Camões na morte de António, seu escravo
...viveu em tanta
pobreza, que se não tivera um jau,
chamado António, que da Índia trouxe, que de noite pedia
esmola para o ajudar a sustentar, não pudera aturar a vida.
Como se viu, tanto que o jau morreu, não durará ele muitos
meses.
Pedro de Mariz
Devias estar aqui rente aos meus lábios
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um
- eu vi terra limpa no teu rosto,
só no teu rosto e nunca em mais nenhum.
Poesia de
Eugénio de Andrade