6b Margem esquerda

 

 

 

 

 

Ó Alentejo dos pobres
Reino da desolação
Não sirvas quem te despreza
É tua a tua nação

Não vás a terras alheias
Lançar sementes de morte
É na terra do teu pão
Que se joga a tua sorte

Terra sangrenta de Serpa
Terra morena de Moura
Vilas de angústia em botão
Dor cerrada em Baleizão

A foice dos teus ceifeiros
Trago no peito gravada
Ó minha terra vermelha
Como bandeira sonhada
 

luis cilia

Poesia de

Urbano Tavares Rodrigues

 

Caixa de texto: "La poésie portugaise de nos jours et de toujours – 2"

 

 

 

 

 

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