Soledad Bravo
Intérprete e compositora espanhola mas cedo radicada na Venezuela e com muitos discos editados, editou nos anos sessenta o disco "Soledad" cuja última faixa é a sua interpretação em português da canção "País de Abril" de Luis Cília (ver disco EP "Portugal Resiste" ). Por curiosidade este disco contém belas interpretações de canções revolucionárias muito conhecidas. Em especial refira-se a gravação aqui da interpretação de Soledad Bravo da canção "Hasta Siempre" de Carlos Puebla, hino inconfundível feito aquando da despedida de Ernesto "Che" Guevera de Cuba.
"Soledad" (1969)
(Produção Promus)
Este disco que contém dez faixas, sendo a última a canção "País de Abril".
Biografia Breve
(fonte internet site sobre a sua actuação no CCB em Dezembro 2007 e wikipedia.org)
Soledad Bravo é considerada uma das
maiores vozes da América hispânica.
Nascida em 1943, em Logroño, La Rioja, Espanha, emigra para a Venezuela aos sete
anos de idade. Em Caracas faz os seus estudos primários e secundários, estes
últimos no Liceu Rafael Urdaneta, onde formou um grupo musical com o qual actua
em diversos eventos estudantis.
Iniciou-se profissionalmente interpretando e tocando poetas espanhóis e
americanos, recorrendo a diversas expressões folclóricas do continente para
revolucionar logo as formas populares da canção ‘caribenha’ e continental.
Já gravou mais de trinta CD’s, todos eles editados já em diversos países da
América Latina e da Europa, abrangendo todos os estilos, mesmos os mais
distantes e diversificados, como é o caso do folclore judeu-espanhol ou salsa, a
grande poesia hispano-americana ou o jazz, a ranchera ou o bolero, sempre com
enorme êxito, partindo sempre da sua grande riqueza vocal e da sua grande
inteligência interpretativa.
Em quase trinta anos de actividade artística já percorreu também os grandes
palcos europeus e americanos e já actuou com os grandes compositores e
intérpretes da canção popular contemporânea, como é o caso de Zeca Afonso, Chico
Buarque, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Simone, Manolo Sancular, Mikis
Theodorakis, Raimundo Fagner, Willie Colón, Eddie Gómez, Ray Barretto, Pablo
Milanés, Paquito D’Rivera, Silvio Rodriguez, Sara González, Ana Belén, Luis
Llach, Maria del Mar Bonet, Paco Ibañez, Jaoquín Sabina, Raimón, Fito Páez,
Oscar D’León, Ricardo Montaner, Rubén Blades, Cheo Feliciano, Armando Manzanero,
entre muitos outros.
Os álbuns que dedicou à música ‘afro-caribenha’ que também têm tido uma grande
repercussão, foram realizados em Nova Iorque, onde Soledad foi acompanhada por
Willie Cólon, Ray Barretto, Paquito D’Rivera, Arito Moreira, Yomo Toro, Eddie
Gómez, entre muitos outros destacados músicos contemporâneos.
Entre os seus mais recentes trabalhos podemos destacar "Raíces", que é um disco
com uma selecção antológica dos grandes ritmos caribenhos como é o caso de
guaguancó, o son, a salsa e o bolero, que se converteu num dos maiores êxitos da
sua carreira, assim como o seu mais recente CD "Cuando hay amor" (single: "canta
Corazón).
Começou a gravar no início do ano 2000, em Havana, "Cantos de amor da trova
cubana", acompanhada por Pablo Milanés e Silvio Rodriguez, editado em 30 de
Março passado. O lançamento deste CD foi feito em Caracas com apresentação de
concertos entre os dias 25 e 30 de Abril de 2001.
Ao longo da sua carreira Soledad Bravo já ganhou vários prémios, entre os quais
o Prémio de Melhor Intérprete, em 1972, e o Grand Prix du Disque, com o álbum
"Soledad Bravo – Rafael Alberti", em 1977 (CBS, Espanha, 1978), da prestigiada
Academia Francesa do Disco Charles Cros, de Paris, assim como um disco de ouro
em 1997 com a re-edição do single "Hasta Siempre", que tinha sido editado em
1968 e que logo se converteu num enorme sucesso.
No início de 2000 actuou em diversos países do mundo para arrecadar fundos para
as vítimas da catástrofe que se abateu em Dezembro de 1999 em Caracas, no
Litoral venezuelano.
Em Dezembro de 2000 lançou o seu CD "Paloma Negra" que lhe valeu o
elogio unânime da crítica francesa. Após o seu lançamento, "Paloma Negra"
encontrou-se nos primeiros lugares do catálogo de vendas Racines, de CD’s de
World Music mais vendidos e mais solicitados pelo público francês.
Em 2002 lançou o CD "Homenaje a Alfredo Zitarrosa" e em 2003 "Canta a Pablo Milanés Trova de amor", onde recria as canções mais emblemáticas deste cantor e compositor cubano, muitas delas cantadas em dueto.
Em 2015, ele lançou o triplo álbum ao vivo intitulado "El Arte de Soledad Bravo", onde interpreta os seus maiores sucessos num concerto.